Ary Frederico Torres

Biografia de Ary Frederico Torres

Patrono do Escola SENAI Ary Torres, localizada em Santo Amaro, na capital paulista

 

01/10/1900 - 09/02/1973

  • Seu trabalho foi essencial para o desenvolvimento da construção civil no País.
  • Em sua trajetória profissional, dedicou-se à pesquisa do concreto, sem a qual não teriam sido construídos os primeiros arranha-céus de concreto armado de São Paulo e do Rio de Janeiro.
  • Criação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT - de São Paulo em 1934, um instituto com autonomia para responder aos desafios da indústria e do desenvolvimento.
  • Em 1942, fundou a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
  • Publicou projeto para reorganização do Gabinete de Resistência dos Materiais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1926), Unificação de Normas Técnicas na América do Sul (1937), Constituição Química do Cimento Portland (tese, 1941).
  • Seu nome é conhecido dos paulistanos por designar uma das principais pontes da cidade.


Ramo de atuação: engenheiro civil, pesquisador, educador e empreendedor nas áreas de Engenharia, Economia e Administração de Empresas.

O Engenheiro Ary Frederico Torres nasceu em Porto Alegre, no dia 1º de outubro de 1900, filho de Cristiano Torres e de Isabel de Magalhães Torres. Era casado com Maria Aparecida Bittencourt Torres, com quem teve três filhos.

Iniciou os estudos secundários em sua cidade natal, no Ginásio Júlio de Castilhos, em 1913. No ano seguinte, transferiu-se para São Paulo, onde completou seus estudos no Colégio Anglo-Brasileiro, em 1917, conquistando o Prêmio Cesário Mota (medalha de ouro), conferido ao aluno de maior aproveitamento.

Em 1923, formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP, obtendo o primeiro lugar entre todos os diplomados daquele ano. Em 1927, aproveitando a estada na França, frequentou o curso de metalurgia e metalografia microscópica, em Paris.

Em 1925, em Zurique, na Suíça, trabalhou como assistente no Laboratório Federal de Ensaio de Materiais. Em 1926, Diretor do Gabinete de Resistência e Ensaios da Escola Politécnica. Em 1927, foi estagiário do Professor León Guillet, em Paris, e, em 1928, Diretor do LEM, transformando-o em 1934, em Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.

Em 1930, torna-se sócio e diretor Administrativo da firma C. Torres & Cia, e, em 1934, membro da Academia Brasileira de Ciências. No ano de 1939, foi designado representante do Instituto de Engenharia junto à Federação Brasileira de Engenheiros, sendo eleito primeiro-secretário daquela federação e designado, pela União Sul-americana de Engenheiros, membro da Comissão Organizadora do Comitê Sul-americano de Normas Técnicas.

Em 1940, é membro da Comissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional e da Comissão Técnica de Estudos de Matérias-Primas, da Comissão de Defesa da Economia Nacional. Já em 1941, torna-se vice-presidente da Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) e assistente responsável pelo setor da produção industrial da Coordenação da Mobilização Econômica, órgão criado para organizar os recursos econômicos necessários à intervenção brasileira na Segunda Guerra Mundial.

Em 1942, torna-se professor catedrático de materiais de construção na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Nos anos seguintes, ocupa cargos como: conselheiro técnico da Carteira de Exportação e Importação do Banco do Brasil (Cexim); chefe da Comissão de Estudos para o Desenvolvimento da Industrialização de Pós-guerra; presidente da Federação Brasileira de Engenheiros; diretor da Cia. Mojiana de Estradas de Ferro, diretor da Associação Comercial de São Paulo; membro do conselho fiscal do Banco Mercantil de São Paulo S.A; membro do Conselho Nacional de Política Industrial e Comercial; presidente da Fábrica de Aços Paulista e da Cia. Brasileira de Materiais Ferroviários - Cobrasma S.A. e Diretor da Cia. Imobiliária Morumbi.

Em 1949, fundou e tornou-se diretor-superintendente da Cia. Brasileira de Material Elétrico (COBREL) e, em 1963, foi eleito presidente permanecendo até 1973. Em 1952, foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e, em 1954, Presidente da Associação Brasileira de Metais.

De 1961 a 1962, foi membro da Comissão dos Nove, da Aliança para o Progresso, organismo criado no governo do presidente John Kennedy. Em 1962, fundou e assumiu a vice-presidência da Associação Nacional de Programação Econômica e Social (Andes) e foi presidente da Fruehauf Trailer S.A., além de diretor da Cia. Petroquímica Brasileira (Coperbrás) e membro do conselho de administração da Cia. Fabricadora de Peças (Cofap).

Pertenceu às organizações: American Concrete Institute, EUA; American Society for Testing Materials, EUA; American Society for Metals, EUA; Iron and Steel Institute, Londres; American Society of Civil Engineers EUA; Associação de Engenheiros, Brasil; Associação Brasileira de Normas Técnicas, Clube de Engenharia, Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e conselho curador da Fundação Getúlio Vargas.