SENAI-SP e DESEG-FIESP (Departamento de Defesa e Segurança) realizam exercício de simulação cibernética e gestão de crise para a indústria

26/01/2023 - atualizado às 15:37 em 26/01/2023

Evento para executivos foi realizado no Laboratório de Segurança Cibernética do SENAI-SP, que atua com serviços, eventos e treinamentos em cibersegurança e IA

O SENAI-SP e o DESEG realizaram, em parceria, um exercício de simulação cibernética e gestão de crise para empresários de diversos setores industriais, com o intuito de elevar o nível de maturidade da indústria para as questões cibernéticas. O evento aconteceu no Laboratório de Segurança Cibernética do SENAI-SP, em São Caetano do Sul, que atua com serviços, eventos e treinamentos em cibersegurança e inteligência artificial.

As empresas puderam visualizar, na prática, como pode funcionar um ataque cibernético, a partir do simulador de ataque e defesa utilizado no laboratório. Em um segundo ato, foi protagonizada a gestão de crise do evento simulado, com a participação dos DPOs (Data Protection Officers) e CISOs (Chief Information Security Officers) presentes, times que compõem um dos grupos de trabalho do DESEG.

A tecnologia de simulação permite a realização de exercícios hiper-realistas, que preparam mais rapidamente técnicos de segurança cibernética e executivos da indústria para atuarem nesses cenários. Com treinamentos como esse, corpo técnico e empresários conseguem ter ambientes industriais cada vez mais seguros, uma vez que discutem sobre medidas preventivas para reagir a incidentes cibernéticos.   

 

Na ocasião, a técnica de simulação demonstrou o ataque de um hacker a uma infraestrutura cibernética de uma planta industrial (Red Team), usando como base uma empresa fictícia na indústria da construção civil. Em seguida, foi realizada uma análise do que poderia ser realizado para interromper ou impedir que o hacker tivesse obtido o sucesso demonstrado (Blue Team). 

Segundo Osvaldo Lahoz Maia, Assessor da Diretoria Regional do SENAI-SP, a ideia é que haja novos treinamentos para preparar as indústrias e a sociedade para temas de segurança cibernética, explorando também outros tipos de vulnerabilidade e aumentando a troca de informações entre empresas de todos os setores, como financeiro, telecomunicações, área da saúde, comércio eletrônico, entre outras.

Rony Vainzof, Diretor do Departamento de Defesa e Segurança da FIESP, afirma: “É importante ter esse executivo junto conosco, treinando e trazendo as suas experiências práticas, para cada vez mais elevarmos o nível de maturidade, de prevenção e reação a ilícitos cibernéticos no mercado”. De acordo com Carlos Rust, Diretor do Departamento de Defesa e Segurança da FIESP, pelo menos 500 mil técnicos de segurança cibernética ainda devem ser treinados no Brasil, e tecnologias como a de simulação devem auxiliar nesta meta.

 

Centro de referência em São Caetano do Sul

Além de escola e Instituto de Tecnologia, a unidade SENAI de Informática, em São Caetano do Sul, também abriga um centro de referência em Inteligência Artificial e Cibersegurança.

Atuante no espaço, o Departamento de Defesa e Segurança da FIESP tem também um grupo de trabalho com DPOs e CISOs para uma visão multidisciplinar de questões de segurança cibernética, privacidade e proteção de dados.

A proteção de ativos é um dos serviços já oferecidos pelo SENAI-SP junto às empresas. Pequenas indústrias podem contratar os serviços tecnológicos da rede para proteger ativos como computadores, instalações, sistemas web, aplicativos e redes empresariais. “A nossa intenção é que esses laboratórios se tornem um hub onde possamos difundir e catalisar novas tecnologias para fazer o processamento de maneira ampla, tanto para a sociedade como para a indústria”, finaliza Osvaldo.