FIESP e SENAI-SP lançam laboratório cibernético e acordo de cooperação técnica contra ataques

25/05/2023 - atualizado às 17:08 em 25/05/2023

O país é o 2º com maior prejuízo em ataques cibernéticos do mundo. Laboratório lançado em 24 de maio será ferramenta fundamental para equilibrar esse cenário.

Sarah Toledo, Agência Indusnet Fiesp

Com o objetivo de fomentar a cultura de segurança cibernética, capacitar e especializar recursos humanos na área, a Fiesp e o SENAI-SP lançaram nesta quarta (24/5) o Laboratório Cibernético e a Assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre ambas as entidades, com anuência do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), em evento realizado no SENAI-SP de São Caetano do Sul.

Ricardo Terra, diretor regional do SENAI-SP, ressaltou a importância de se difundir a cibersegurança como tema de relevância na estratégia nacional e para a capacitação de profissionais na área. “Esse termo de cooperação pressupõe ações no campo da Educação, por meio de cursos presenciais e online, fornecidos a empresas vinculadas a esses sistemas (Fiesp e Ciesp), além de um conjunto de consultorias e monitoramento de seus ativos”, apontou Terra na abertura da cerimônia.

O Acordo tem como base a capacitação, prevenção e mitigação de ameaças cibernéticas na indústria. Dados da Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber) confirmam a importância do reforço da segurança das empresas. Segundo o documento, em 2017, os crimes cibernéticos resultaram em um prejuízo de US$ 22 bilhões e 500 milhões. Nesse contexto, o Brasil aparece como o 2º país com maior prejuízo em ataques cibernéticos.

“Temos aqui o maior laboratório de segurança cibernética do hemisfério Sul, onde conseguimos simular ataques de qualquer natureza, simples e sofisticados. Temos tecnologia e pessoal treinado a fim de simular os ataques e identificar os melhores skills para cada caso” ressaltou Carlos Rust, diretor técnico do Grupo de Trabalho de Segurança e Defesa Cibernética do Departamento de Defesa e Segurança (Deseg) da Fiesp.

Apesar disso, um dos maiores desafios do setor é encontrar profissionais experientes para cargos de segurança cibernética. Segundo a International Information Systems Security Certification Consortium, Inc (ISC2), em 2021, o Brasil necessitava de cerca de 440 mil profissionais na área e estava entre o 2º e 3º maior alvo de ataques cibernéticos do mundo.  

O evento de lançamento contou com a simulação de um ataque hacker a um sistema empresarial e de como é feita uma defesa. Realizar simulações capacita o profissional da área a saber como atuar com maior agilidade e estratégia quando um ataque ocorrer. Segundo a pesquisa “Maturidade da Indústria – LGPD e Incidentes Cibernéticos”, realizada pela Fiesp e pelo Ciesp em 2022, 74% dos ataques cibernéticos visam bloquear a operação da empresa e 36% deles obtêm êxito.

O novo laboratório, na unidade SENAI em São Caetano do Sul, estará aberto para receber a indústria e atuará na capacitação e conscientização de profissionais a partir da elaboração de análises técnicas, relatórios e congêneres, além de simulações e exercícios variados, como CTF (Capture The Flag), que é uma modalidade de competição entre hackers para desvendar questões pertencentes à segurança da informação.

O lançamento contou também com a presença de Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, Mauricio Bonabitacola de Almeida, diretor da Escola SENAI de Informática, além de Conselheiros do SENAI-SP, diretores e membros do Grupo de Segurança e Defesa Cibernética do Deseg, autoridades militares e de segurança pública do Estado de São Paulo e membros do Grupo de Segurança e Defesa Cibernética do Deseg.

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